sábado, 1 de outubro de 2022

Tu és divina e graciosa, estátua majestosa...

 Por uma coincidência do destino, essa música começou a tocar aleatoriamente em um playlist hoje cedo. Achei fascinante, e resolvi compartilhá-la por aqui. "Rosa" foi composta pelo grande Pixinguinha e esta versão foi gravada ao vivo por Elizeth Cardoso no vocal e Radamés Gnatalli no piano, em 1983.

Crédito ao canal do YouTube do "Luciano Hortencio", onde encontrei essa belíssima canção. 

Rosa 

Pixinguinha


Tu és

Divina e graciosa, estátua majestosa

Do amor, por Deus esculturada

E formada com ardor

Da alma, da mais linda flor, de mais ativo olor

Que na vida é preferida pelo beija-flor


Se Deus

Me fora tão clemente aqui neste ambiente

De luz, formada numa tela, deslumbrante e bela

O teu coração junto ao meu, lanceado

Pregado e crucificado sobre a rósea cruz

Do arfante peito teu


Tu és

A forma ideal, estátua magistral, ó alma perenal

Do meu primeiro amor, sublime amor

Tu és

De Deus, a soberana flor

Tu és

De Deus, a criação, que em todo coração sepultas o amor

O riso, a fé, a dor, em sândalos olentes, cheios de sabor

Em vozes tão dolentes, como um sonho em flor


És láctea estrela

És mãe da realeza

És tudo, enfim, que tem de belo

Em todo resplendor da santa natureza


Perdão

Se ouso confessar que eu hei de sempre amar-te

Ó flor, meu peito não resiste

Ó meu Deus, quanto é triste

A incerteza de um amor que mais me faz penar e em esperar

Em conduzir-te um dia ao pé do altar


Jurar

Aos pés do Onipotente, em prece comovente

De dor, e receber a unção de tua gratidão

Depois de remir meus desejos em nuvens de beijos

Hei de te envolver até meu padecer de todo fenecer

Tu és divina e graciosa, estátua majestosa...

 Por uma coincidência do destino, essa música começou a tocar aleatoriamente em um playlist hoje cedo. Achei fascinante, e resolvi compartil...